A diretoria do GEDIIB, em conjunto com membros da Comissão de Medicamentos e Incorporação de Insumos da entidade, reuniu-se com representantes da farmacêutica Pfizer Brasil no dia 16 de janeiro do corrente ano para discutir o acesso dos pacientes do SUS à utilização do infliximabe endovenoso. Este cenário é resultado da falta de estrutura para acolher esta demanda de modo imediato pelo SUS em todo território nacional. Historicamente, o governo contava com ajuda voluntária das empresas que ganhavam as licitações pois forneciam “voucher” para administração do medicamento em centros de terapia assistida privados.
Com a recente inclusão do biossimilar da Pfizer, que agora representa 50% do infliximabe endovenoso disponível pelo SUS, os pacientes passariam a ter dificuldades para administração do medicamento. A farmacêutica esclareceu que, conforme o contrato firmado com o Ministério da Saúde, não consta a extensão de sua ação à assistência farmacêutica, ou seja, não há obrigatoriedade em fornecer o “voucher” para infusão em centro de terapia assistida privado. É sabido que o direito de amplo acesso do cidadão ao sistema de saúde pública é dever do estado. Isto não resolve o problema.
Diante desse contexto, o GEDIIB se mobilizou para buscar soluções que possam garantir a continuidade e a qualidade do tratamento para todos os pacientes. O presidente do GEDIIB, Dr. Eduardo Garcia Vilela, juntamente com a Comissão de Medicamentos e Incorporação de Insumos, representada pela Dra. Andrea Vieira e pelo Dr. Fábio Teixeira, participaram de uma reunião no dia 04 de fevereiro, a qual também estavam presentes representantes do Conselho Nacional de Saúde, Defensoria Pública da União, Sociedade Brasileira de Reumatologia, Sociedade Brasileira de Dermatologia, Academia Nacional de Neurologia e representantes de associações de pacientes, no sentido de elaborar estratégias que possam resultar em ações emergenciais por parte do governo federal em solucionar este problema. Uma portaria do governo federal sobre Serviços de Terapia Assistida está em processo de implantação, mas não resolverá os problemas a curto prazo. Durante esta reunião, ficou estabelecido que um documento será elaborado nos próximos dias pelas entidades médicas e será enviado à Defensoria Pública da União e que o GEDIIB, juntamente com as entidades médicas e outros representantes presentes na reunião continuarão trabalhando unidos para encontrar soluções para que questão e outras que vierem a surgir.
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