DENGUE – ALERTAS

A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses, que se caracterizam por serem causadas por vírus transmitidos por vetores artrópodes. No Brasil, o vetor da dengue é a fêmea do mosquito Aedes aegypti (significa “odioso do Egito”).

Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas com idade acima de 65 anos e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem ser fatais. Assim como, mulheres grávidas, lactentes, crianças (até 2 anos).

É uma doença febril aguda, sistêmica, dinâmica, debilitante e autolimitada. A maioria dos doentes se recupera, porém, parte deles podem progredir para formas graves. Não existe necessidade da realização de exames específicos para o tratamento da doença, já que é baseado nas manifestações clínicas apresentadas. No entanto, para apoiar o diagnóstico clínico existem disponíveis técnicas laboratoriais para identificação do vírus (até o 5° dia de início da doença) e pesquisa de anticorpos (a partir do 6° dia de início da doença).

A vacina disponível no Brasil, é a QDENGA® vacina dengue 1, 2, 3 e 4 (atenuada) do Laboratório Takeda. Mecanismo de ação: QDENGA contém vírus vivos atenuados da dengue. O principal mecanismo de ação, consiste em permitir a replicação do vírus vacinal localmente e induzir respostas imunológicas humorais e celulares contra os quatro sorotipos do vírus da dengue.

Posologia:

Indivíduos dos 4 aos 60 anos de idade (pois não foram realizados estudos de eficácia fora desta faixa etária). Deve ser administrada por via subcutânea em um esquema de duas doses, com intervalo de 3 meses (0 e 3 meses), sendo cada dose de 0,5 mL. A necessidade de uma dose de reforço ainda não foi estabelecida.

Portanto, por se tratar de vacina com vírus vivo, atenuado, não deve ser administrada em indivíduos em imunodepressão ou imunossupressão. Importante diferenciar imunossupressão de imunodepressão. A imunodepressão é uma diminuição da resposta imune devido a certas doenças, como o HIV, doença renal crônica e o câncer, por exemplo. E imunossupressão é uma diminuição da resposta imune devido ao uso de algumas medicações, como corticoides e agentes imunoterápicos (usados em doenças autoimunes), como imunossupressores ou imunobiológicos.

São medicamentos imunossupressores: corticosteroides (prednisona/prednisolona), metotrexate, leflunomide, ciclofosfamida, azatioprina, ciclosporina, micofenolato mofetila, imunobiológicos (infliximabe, adalimumabe, etanercepte, golimumabe, certolizumabe, rituximabe, tocilizumabe, abatacepte, secuquinumabe, ixequizumabe, ustequinumabe, belimumabe, guselcumabe, vedolizumabe), e inibidores de JAK (tofacitinibe, baricitinibe, upadacitinibe).

Se estiver usando ou deixou de usar há menos de 3 meses, não deve usar vacinas de vírus vivo, atenuado.

Diretoria do GEDIIB

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