Osteopenia e osteoporose ocorrem em cinco de cada 10 pessoas com diagnóstico de DII. Nessa população, as principais causas da perda óssea são a inflamação no intestino (altos níveis de citocinas), uso de esteroides, absorção diminuída de nutrientes (dependendo do local e extensão da doença ou remoção de partes do intestino delgado) e restrições a produtos lácteos. Essas causas ainda podem estar associadas a outros fatores de risco comuns a população em geral, como idade mais avançada, baixos níveis de estrogênio e testosterona (como no climatério), baixos níveis de cálcio e vitamina D, hereditariedade, índice de massa corporal inferior a 18,5kg/m2, tabagismo, consumo excessivo de álcool (≥ 3 porções/dia) e sedentarismo.
A dosagem dos níveis séricos de vitamina D, cálcio e fósforo pode ser útil na identificação de pessoas em risco de osteomalácia, e a densitometria óssea na identificação da oesteoporose. Para prevenir e tratar a baixa densidade mineral óssea e osteoporose pode-se recomendar a prática de exercícios físicos adequada a cada paciente, abstinência ao fumo, ingestão de álcool inferior a 2 unidades/dia, suplemento de cálcio, se a ingestão de cálcio dietético for inferior a 700mg/dia, e suplemento de vitamina D, se necessário ou quando usar esteróides, exposição à luz solar (com atenção ao protetor solar quando do uso de azatioprina ou mercaptopurina) e uso constante dos medicamentos prescritos para o tratamento da DII. A ingestão alimentar de cálcio pode ser alcançada através do consumo das principais fontes, como produtos lácteos (leite, queijos, iogurtes, sorvete de laticínios) e não lácteos (“leite” de soja fortificado, tofu, vegetais de folhas verdes, sardinhas, e nozes), e de vitamina D através do consumo de salmão e sardinha, ovos, queijo e carne vermelha.
Referência Bibliográfica:
Bones and IBD. Crohn’s & Colitis. Edition 6, 2019. www.crohnsandcolitis.org.uk
Raquel
Rocha – Nutricionista – CRN5 – 1286
Doutora em Medicina e Saúde /UFBA
Membro da Comissão da área de Nutrição GEDIIB