O GEDIIB (Organização Brasileira de Doença de Crohn e Colite) fez um pedido oficial à Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES) destacando a importância da publicação final do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de anemia por deficiência de ferro. Esta ação visa aprimorar o tratamento de pacientes com doenças inflamatórias intestinais (DIIs), como Doença de Crohn e Colite Ulcerativa, que frequentemente enfrentam desafios relacionados à anemia.
A anemia, que afeta quase 25% da população global, é uma condição de grande relevância para a saúde pública, sendo a manifestação extraintestinal mais comum em pacientes com DIIs. No Brasil, a anemia afeta entre 20% a 40% da população, com crianças e mulheres sendo os grupos mais vulneráveis. As consequências da anemia são sérias, incluindo fadiga, diminuição da produtividade, prejuízo no desenvolvimento cognitivo e motor, aumento da morbidade e mortalidade materna e neonatal, além de piorar os sintomas de outras doenças.
Em 2019, o Ministério da Saúde iniciou a revisão do PCDT de anemia por deficiência de ferro, e em 2023, publicou o relatório preliminar que incluiu dois novos medicamentos: ferripolimaltose e carboximaltose férrica. A ferripolimaltose é recomendada para pacientes com intolerância ao sulfato ferroso oral, enquanto a carboximaltose férrica é indicada para adultos com intolerância ou contraindicação aos sais orais de ferro.
Os PCDTs são essenciais para orientar os profissionais de saúde na tomada de decisões baseadas em evidências científicas atualizadas, considerando a eficácia, segurança e custo-efetividade das tecnologias recomendadas pelo Ministério da Saúde. O GEDIIB enfatiza que a publicação final do PCDT é crucial para garantir práticas clínicas adequadas e novas opções terapêuticas, especialmente para pacientes com DIIs que apresentam dificuldades na absorção intestinal de ferro oral.
A celeridade na publicação da versão final do PCDT permitirá agilizar o acesso ao tratamento adequado, beneficiando milhares de pacientes e melhorando os desfechos clínicos, a qualidade de vida e a economia dos recursos públicos em saúde. Evitará, assim, transfusões e internações desnecessárias, que geram despesas não planejadas para o Sistema Único de Saúde (SUS).
O GEDIIB aguarda uma resposta positiva da SAES e reitera seu compromisso em colaborar para a melhoria da assistência aos pacientes com DIIs e anemia.