ANS emite parecer favorável à incorporação do Ustequinumabe para tratamento de RCU moderada a grave

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) emitiu  um parecer final favorável à incorporação do Ustequinumabe no rol de tratamentos para pacientes adultos com Retocolite Ulcerativa (RCU) moderada a grave após falha, refratariedade, recidiva ou intolerância à terapia com anti-TNFs. Essa decisão vem após um processo que envolveu uma recomendação desfavorável inicial, seguida por consulta pública e audiência pública.

Na reunião preliminar realizada em setembro de 2023, a ANS emitiu uma recomendação desfavorável à incorporação do Ustequinumabe como terapia para pacientes adultos com RCU moderada a grave. No entanto, esse posicionamento não foi definitivo, levando o processo para uma fase de consulta pública, onde a comunidade teve a oportunidade de expressar suas opiniões e evidências relacionadas ao tratamento proposto.

A consulta pública proporcionou um espaço para a troca de informações e a apresentação de dados científicos, promovendo um debate construtivo sobre a eficácia e segurança do Ustequinumabe como opção terapêutica para a RCU. Após a consulta pública, foi realizada uma audiência pública para ouvir especialistas, pacientes e demais interessados, ampliando ainda mais o leque de perspectivas sobre a questão.

Durante a 10ª Reunião Extraordinária da Diretoria Colegiada da ANS, foi apresentada a recomendação final sobre a incorporação do medicamento. Surpreendentemente, a recomendação foi favorável, indicando uma mudança de posição em relação ao parecer inicial desfavorável emitido em setembro de 2023. A decisão final pode ser consultada no documento oficial da ANS (vide recomendação final).

A decisão da ANS de incorporar o Ustequinumabe para o tratamento da RCU moderada a grave marca um importante avanço no acesso a opções terapêuticas para pacientes que enfrentam falha, refratariedade, recidiva ou intolerância à terapia com anti-TNFs. Essa evolução reflete o comprometimento da agência em considerar evidências científicas atualizadas e ouvir a comunidade durante o processo decisório, demonstrando uma abordagem dinâmica e adaptativa em relação às necessidades da população.

Parabenizamos a comissão de medicamentos e acesso do GEDIIB que atuou com empenho em todas as fases desse processo e as todos os associados que contribuiram.

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