Quali “VIDA” com DII

Autoras: Antonia Mauyane Lopes – enfermeira, membro do GEDIIB Grazielle Roberta Freitas da Silva – enfermeira, colaboradora do GEDIIB

Já parou para pensar como está sua qualidade de vida hoje? E nas últimas semanas?  Então te convido para descobrimos juntos…

 Pensar em qualidade de vida configura-se como um mecanismo que envolve subjetividades dentro de um contexto de saúde complexo em que tornam as emoções abrangentes ao ponto de discorrer que estar “bem” na totalidade é estar bem consigo mesmo(1).

Ter e estar com qualidade de vida satisfatória sendo portador de Doença Inflamatória Intestinal (DII) é possível! Ter qualidade vida é “ir além” todos os dias, é enfrentar os determinantes e condicionantes, é ser multidimensional, é aspirar valores, fazer uso da inteligência e dos pontos importantes que desfrutam o seu bel-prazer diário(1).

Ter DII e ao mesmo tempo ter qualidade de vida satisfatória é combinar-se individualmente dentro dos seus anseios e de forma coletiva na perspectiva de como você define o que é qualidade de vida, é estar e ser feliz. Muitos estudos trazem a força do pensamento positivo, o poder da mente sob as adversidades diárias comuns para cada pessoa, mesmo que essa pessoa não seja portadora de nenhuma doença crônica.

Estudos prévios(1,2), mostram que portadores de DII apresentam qualidade de vida regular, especialmente os portadores de doença de Crohn, de idade adulta, com baixa escolaridade e pertencentes ao sexo feminino. Além desses fatores citados, fatores emocionais também interferem na qualidade de vida e mesmo apresentando qualidade de vida regular, os portadores de DII sentiam-se extremamente satisfeitos, agradecidos e felizes no momento da entrevista. Isso reforça a ideia que mesmo sendo portador de DII, é possível ter qualidade na sua vida(1,2).

Cabe ressaltar que a sexualidade também é afetada nos portadores de DII. Barros e cols(3) demonstraram prejuízo nos fatores relacionados com a sexualidade nos portadores de DII quando comparados a pessoas saudáveis, impactando de forma negativa a qualidade de vida dos pacientes.

A qualidade de vida visa a melhoria de querer viver harmoniosamente bem, para emergir novas e melhores condições de saúde no dia a dia. Por isso como estratégias ativas elogie-se, encoraje-se, busque apoio, cuide-se, seja resiliente e assim terá mais empoderamento para enfrentar a complexidade da doença.

Referências:

1. Lopes AM. GerenciaQualiCrohn: elaboração e validação de instrumentos para assistência de enfermagem [dissertação]. Teresina: Universidade Federal do Piauí; 2018.

2. Lopes AM, Moura LNB, Machado RS, Silva GRF. Qualidade de vida de pacientes com doença de Crohn. Enfermaria global. 2017;36(47):337-352.

3. Barros JR. Sexualidade e doenças inflamatórias intestinais [dissertação]. Botucatu: Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”; 2016.

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