Um importante trabalho da Comissão de Transplantes do GEDIIB foi aceito para publicação na revista Archives in Gastroenterology. O artigo de revisão decorre de um amplo estudo que aborda aspectos e nuances do tratamento com Células-tronco Hematopoéticas para pacientes acometidos pela Doença de Crohn, considerado um grande marco para a Comissão de Transplantes do GEDIIB e sua diretoria.
O estudo, que foi organizado ao início das atividades da Comissão e levou mais de um ano e meio para sua conclusão, traz à luz uma nova possibilidade de evitar o avanço da Doença Inflamatória Intestinal (DII) e se destina a alguns pacientes que tiveram insucesso à terapia imunossupressora, biológica, cirurgias e que ficam sem opção de tratamento.
Com a participação de Gastroenterologistas, Hematologistas e Transplantadores, a publicação por gastroenterologistas e sob o título “Hematopoietic Stem Cell Transplantation and Crohn’s disease: Position Paper from the Transplantation Committee of the Brazilian Group for the Study of Inflammatory Bowel Diseases” é um artigo amplo e determina uma posição de uma sociedade médica que, desta forma, leva o seu conhecimento a médicos especialistas e pacientes, como explica o coordenador da Comissão e médico hematologista, professor dr. Milton Ruiz.
A Comissão de Transplantes teve o seu início com palestras, onde a abordagem do tema ocorreu e houve a elaboração de uma cartilha, que está disponível no site do GEDIIB.
Ruiz esclarece ainda que os transplantes na Doença de Crohn ocorrem desde 1993 e foram realizados em pacientes que apresentavam doença malignas do sangue concomitantes. O transplante autólogo, exclusivamente para pacientes com Crohn, é realizado desde 2003.
No Brasil as Doenças Inflamatórias Intestinais são tratadas com o transplante há cerca de 9 anos. O médico hematologista ainda destaca que os pacientes com Doenças Autoimunes, no qual está incluída a Doença de Crohn, o transplante de células tronco tem altas taxas de sucesso e é recomendado por várias Sociedades médicas nacionais e internacionais.
A justificativa para o transplante autólogo, considerada de risco aceitável, é que “o mesmo reprograma o sistema imune e costuma apresentar resultados satisfatórios, enquanto naqueles onde o paciente recebe células tronco de um doador, que é o transplante alogênico, o risco é maior”, disse.
A publicação do amplo estudo aborda com detalhe todos os pontos do Transplante de Células tronco Hematopoéticas na Doença de Crohn.